O melhor do Deep Purple, por outras vozes, no disco Re-Machined

Em março deste ano, um dos maiores, melhores e mais lendários álbuns de rock de todos os tempos completou 40 aninhos, este álbum é o antológico Machine Head da banda inglesa (super-awesome-from-the-heavens-high) Deep Purple. Pra comemorar a data especial, um grupo de músicos que seria o elenco de The Expendables do rock’n roll se juntou para fazer uma homenagem com covers/versões incríveis dos grandes clássicos deste disco!

A ordem das músicas é diferente da do álbum original, vou passar para vocês o set list e algumas informações sobre cada faixa/artista.

01 – Smoke on the Water
O clássico dos clássicos, não deve ter ninguém que começou a tocar guitarra depois do lançamento dessa música que não tenha tocado ao menos uma vez o célebre riff. Nesta versão, o guitar god Carlos Santana se junta com o vocalista Jacoby Shaddix (Papa Roach) para uma versão poderosa e com aquele “sotaque” único das linhas de guitarra do Santana, abrindo este disco de homenagens em grande estilo!

02 – Highway Star
Outro dos grandes “hits” do álbum, outro clássico definitivo na trilha sonora de roqueiros mundo a fora e a música definitiva para botar o pé na estrada. A homenagem é uma versão ao vivo executada pelo supergroup Chickenfoot (lembra deles?) e tem toda aquela energia de uma versão ao vivo somando a energia natural da música, executada de forma assombrosa pelos grandes músicos do Chickenfoot. Lembrando que a linha de teclados desta música é extremamente marcante, e como o Chickenfoot não tem tecladista, o guitarrista Joe Satriani além de tocar as linhas da guitarra ainda se apropriou dos solos de teclado criando solos incríveis pra quem curte uma boa guitarra “shred”.

03 – Maybe I’m A Leo
Não tão famosa quanto as duas anteriores, mas uma grande música em um álbum que não tem sequer uma música ruim. A versão de Maybe I’m a Leo conta com Gleen Hughes (Black Country Communion, Ex-Deep Purple, além de um milhão de outras bandas e projetos animais) no baixo e nos vocais e com Chad Smith (Chickenfoot, Red Hot Chili Peppers) destruindo na bateria. Com essa dupla a  “cozinha” tá mais que garantida e a música explode energia com os vocais poderosos do Gleen Hughes. Já na terceira faixa “paulada” na sequencia esse tributo começa a se mostrar como o albúm original, começa no topo, e não sai de lá até o ultimo segundo da última música.

04 – Pictures of Home
Uma das minhas músicas favoritas no álbum original (apesar de ser impossível de escolher…) ganhou uma versão de PESO com um cover feito pelo Black Label Society. A voz grave e rouca junto com a guitarra pesada e os famosos harmônicos artificiais do sr. Zakk Wylde dão um clima totalmente diferente para música, ao mesmo tempo mantendo um pouco de sua identidade original e soando como algo único mas que ainda assim remete ao maravilhoso trabalho do Purple.

05 – Never Before
Outra música que eu simplesmente adoro (como disse, não sei escolher minha favorita nesse álbum), ganha uma versão elétrica da banda Kings Of Chaos , que confesso, não conhecia, mas me impressionou muito com a versão. O groove e a pegada da música originais permanecem intactos enquanto a guitarra solo apresenta a personalidade da banda que faz a versão. Os vocais ficaram impecáveis com uma voz aguda e melódica.

06 – Smoke on the Water
Como eu disse, esse é o clássico dos clássicos, então nada mais justo que ter mais de uma versão no disco de homenagem… O problema é que a banda responsável, The Flaming Lips (não conheço… e nem me interessei na verdade.) conseguiu o impensável. Eles detonaram a música. As melodias do vocal foram pro espaço, o vocalista apenas fala pausadamente a letra com uma voz robótica ridícula. O ritmo impresso pela bateria e pelo groove do baixo simplesmente não existe, a bateria marca precariamente algumas passagens e o mesmo acontece com o baixo que toca notas inexpressivas durante a música. O teclado foi completamente tirado de lado durante toda a música (ou eu não consegui ouvir pelo menos…). Mas eu guardei o pior pro fina: a guitarra, principalmente no lendário riff ficou horrível (na verdade não sei se se trata realmente de uma guitarra) e, como eu li num comentário do youtube, parece que foi gravada usando som de peidos eletrônicos).

Isso é coisa que não se faz com uma música dessas, desculpem quem gosta de “The Flaming Lips” mas não posso perdoar.

07 – Lazy
A música mais longa e mais viagem do disco original, com passagens instrumentais grandes e inspiradas regadas com um groove cativante faz o disco de homenagens voltar direto pro topo depois de despencar de cara no chão com a sexta faixa. Aqui Joe Boanamassa (Black Country Communion, Solo) assume as guitarras envenenando (no bom sentido) alguns dos melhores licks de Rtichie Blackmore com um timbre de guitarra simplesmente maravilhoso. Jimmy Barnes (Cold Chisel) dá força as músicas com um vocal encorpado e poderoso. Outro destaque vai para seja lá quem for o tecladista que fez esta versão, deixando em evidencia o quanto John Lord era “foda” e importante na sonoridade geral da banda!

08 – Space Truckin’
Outra faixa animal e uma das favoritas de todos os tempos dos fans de Deep Purple, com certeza com um dos refrões mais “heavy metal” muito antes do termo ser inventado. A versão chega pelas mãos de ninguém mais ninguém menos que a lendária banda de Heavy Metal britânica, Iron Maiden. Botando mais peso e com a inconfundível voz de Bruce Dickinson e as linhas de Steve Harris bem na cara essa versão soa como uma fusão interessantíssima de duas das maiores bandas de rock de todos os tempos. Eu te desafio a ficar parado com essa música tocando! C’mon, let’s go space truckin’!

09 – When A Blind Man Cries
Esta não era uma faixa oficial do álbum na época em que foi lançado. Foi gravada nas mesmas seções que o restante do disco, mas só aparecia no lado b do single “Never Before”, com o tempo ela foi incluída como faixa bônus em muitos relançamentos do álbum. Esta é também é a única balada de todo o disco, dando uma acalmada nos ânimos com uma melodia muito bonita. O cover que aparece no re-machined for feito pelo Metallica (foi uma surpresa pra mim eles terem regravado logo a balada!) e eles fizeram um trabalho fenomenal. Acho que nunca gostei tanto da voz do James como nessa música. Mantiveram o espirito da música em uma versão simplesmente linda de se ouvir.

10 – Highway Star
O outro grande hit do álbum também ganha uma segunda versão, neste caso Glenn Hughes e Chad Smith se juntam ao “guitar god” Steve Vai (solo, ex-David Lee Roth, ex-Frank Zappa) para fechar o álbum com chave de ouro e botar pra quebrar. Vai com suas famosas “viagens” na guitarra mostra pro seu professor (Joe Satriani) que também arrebenta com a versão deste clássico. Glenn Hughes e Chad Smith se saem exatamente como em “Maybe i’m a Leo”, INCRÍVEIS. Versão maravilhosa de uma música maravilhosa, fechando este álbum tributo com uma chave de ouro gigantesca.

Por fim, existe um mini documentário sobre a gravação do Re-Machined, onde os músicos participantes falam um pouco sobre suas versões e sobre a influencia de Deep Purple em suas carreiras.

Se você é fan do Machine Head, recomendo que pare o que esta fazendo agora mesmo e vá ouvir este tributo que ficou muito bom. (só pule a faixa 6, não faça isso com você mesmo…). Se você não é fan do Machine Head recomendo que pare o que está fazendo agora mesmo e vá ouvir o álbum original, vire fan dele, e depois ouça este tributo que ficou muito bom.

Até a próxima, enjoy!

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