X-Men: First Class – A liberdade artística em prol de um bom filme
Qual foi a pior parte de X-Men: First Class? Toda a alteração da obra e da relação dos personagens. Qual foi a melhor parte? Todo o resto.
No primeiro contato que tive com o enredo de X-Men: First Class tive um sentimento de estranheza quanto os personagens selecionados para formar a tal equipe. Alex Summers não deveria conhecer o Professor X antes de seu irmão, Emma Frost não tem a mesma idade de Magneto, ela é, pelo menos, 20 anos mais nova. Mística não conheceu Charles quando era pequena e nem tinha essa relação de irmã. Mas isso não importa, porque se mesmo nos quadrinhos eles lançam uma origem nova a cada 6 ou 7 anos, porque não fazer o mesmo no filme. O único requisito importante, que nos quadrinhos ainda é mantido, é a personalidade de cada personagem permanecer sempre a mesma, ponto em que X-Men: Fist Class triunfa.
Uma das coisas que teimei nos 3 primeiros filmes da franquia foi as motivações de Magneto. Ele sempre foi passado como um vilão maligno, sem sentimento e tirano, coisa que ele não é. Magneto é considerado sim um terrorista em prol a causa mutante, mas acima de tudo, é um líder nato que só quer o melhor para seu povo, independente de quanto isso custe para a raça humana. Uma das cenas que mais me incomoda é a invasão de Alcatraz de X-Men 3: O Confronto Final, quando frio e cruel, O Mestre do Magnetismo manda “no jogo de xadrez, os peões vão na frente”. Se ele está lutando por sua raça, nunca que ele iria deliberadamente sacrificar seus semelhantes sem ao menos tentar protege-los, por mais minions que eles sejam. É por isso e por outros motivos que acredito que, por mais bom ator que o Sir Ian McKellen é, não caiu muito bem no papel. Mas todas essas impressões mudaram quando conhecemos um Magneto melhor, um Charles melhor e toda uma equipe nova.
Desde o começo do filme, vemos o desenvolvimento de dois líderes, construídos ao longo dos anos, mas com propósitos e motivações diferentes que logo culminariam em uma amizade de força e compreensão. Ambos os atores estavam perfeitos em seus papéis, mostrando faces de seus personagens nunca antes exploradas. Magneto sempre se apoiando na sua fome por vingança e Charles querendo construir um mundo melhor com a convivência pacífica. Apesar dos belos diálogos, grande interação e demonstração destrutiva de poder, o filme não é só desses dois amigos. Toda a nova equipe esbanja carisma e emociona a cada passo que dão rumo a evolução dos personagens de simples adolescentes para a primeira equipe de mutantes defensores da humanidade.
Apesar de ter seu valor, os vilões não empolgam tanto. Kevin Bacon está ótimo como Sebastian Shaw, líder do Clube do Inferno, que a cada cena, instaura mais o medo nas pessoas graças a sua habilidade de absorver qualquer ataque contra si mesmo. Emma Frost, apesar de distante da versão dos quadrinhos, está muito bem também, se mostrando uma mutante poderosa, uma aliada preciosa (diamante…ah? ah?) e uma vagabunda irreparável. Maré Selvagem (o cara dos tornados) nunca teve muito destaque nos quadrinhos e nem na minha vida, então whatever para ele, mas um mutante que eu gostaria de conhecer melhor era Azazel, o dêmonio pai do Noturno, é meio difícil imaginar o porque de alguém que é considerado o mais poderoso de sua raça e que vive há mais de 400 anos na Terra estar recebendo ordens e não as dando, mas vai entender o que Shaw está oferecendo para ele.
Seqüencia de porrada é que não falta e todas alinhadas em uma boa curva dramática deixando o melhor para o final. No confronto derradeiro, todos tem seu destaque, até o Fera, que até então era só um cientista, mostra muito serviço na sua recém adquirida condição. Tudo isso culmina nos humanos declarem guerra contra os mutantes, apesar de eles terem os ajudados e na criação do líder e terrorista Magneto, que na ultima cena do filme, nos presenteia com sua imagem na roupa vermelha e roxa e usando seu capacete que é sua marca até hoje.
X-Men: First Class pode sim, ser o início de uma ótima franquia.
muito bom o texto, perlato
só faltou falar que magneto estava muito mais próximo dos mutantes que xavier, por aceitá-los em suas particularidades muito mais do que xavier é capaz (no filme ao menos) e comentar também a engraçadíssima aparição de wolverine, tão senhor de si mesmo como de costume
acabei de assistir o filme, daria uma nota 8
mas vale muito a pena, não dou boas notas mesmo
(quando era professor meus alunos sofriam, hehehe)
abraço
ps: como coloco uma foto em meu avatar aqui ao lado?
vi gente com, mas não tenho ideia de como colocar, hehehe
Eu tinha dúvidas em assistir ou nã o filme, você acabou com todas elas, vou correndo ver esse filme 😀
Eu gostei do filme e da sua crítica quanto aos demais filmes e ao vilão Magneto. Os furos do filme em relação aos quadrinhos confundiram minha cabeça e realmente queria ver mais sobre Azazel, eu não o conhecia, mas quando vi no filme eu queria saber mais sobre ele. Quando li no wiki eu pensei, colocam um personagem poderoso desse jeito e ainda o faz de subordinado?
ALguem por favor me explica uma coisa!
Seguinte, em wolverine Origens, o chavier aarece no final resgatando ciclops e outros mutantes da “ilha”. Ela está careca, mais ainda Anda. Como pode ser?! se ele perdeu os movimentos das pernas em X-man First Class?
Outra duvida. Quando Xavier morre pelas mãos da fenix, no terceiro filme, ele se tranfere para outro corpo?! ou para seu original?
Por favor, estou a dias pensando ! Abraços
NERD PRIDE!
Vlw, perlato… De fato então, esse filme foi uma obra de arte.
Muita gente diz que esse é o melhor filme já feito para os X-Men.
E parece que é verdade.
Se a equipe é uma bagunça cronológica, realmente não importa.
O que vale é a diversão.
E soma-se a isso o fato de Mathew Vaughn não exagerar nos efeitos, o que estraga muito filme.
Até mais.