Misfits – Série britânica sobre super poderes

Depois de ficar órfão de Heroes, com um final meio gancho, perguntas não respondidas e um possível filme que já foi cancelado, precisava de alguma história relacionada com super poderes e não imaginava que a série que iria preencher esse vazio viesse da Inglaterra. Apresento-lhes Misfits.

Misfits (Desajustados) conta a história de 5 adolecentes infratores que estão fazendo serviço comunitário para pagar por crimes leves e durante uma tempestade são atingidos por um raio que lhes concede poderes diferentes. Nesse momento você poderia pensar que eles lutam contra o crime, ajudam as pessoas ou roubam bancos e ameaçam a cidade…mas não, eles não fazem nada. Eles não são bondosos o suficientes para o altruísmo e nem malignos para os crimes e é esse equilíbrio permeado de transtornos e traumas que deixam os personagens tão imprevisíveis, e a série toda mais inusitada.

A medidas que a série avança, os laços entre pessoas tão diferentes vai se estreitando, mostrando o quanto os opostos podem se unir em uma causa em comum, isso me lembra muito clássico da década de 80, o filme O Clube dos Cinco.

Os poderes são invisibilidade, telepatia, voltar no tempo, aumentar o libido das pessoas só com o toque (uuuhh sexy..) e o ultimo, revelado no final da primeira temporada é [spoiler] imortalidade [/spoiler]. Todos os problemas que ocorrem na série derivam dos eventos depois da tempestade, sejam confrontos com outras pessoas poderosas ou conflitos particulares incluindo a descoberta total dos poderes. Eles nunca vão atrás de algum problema, tudo vem até eles de forma bem verossímil até certo ponto, mas bem aceitável.

Misfits é uma série real, com atitudes que se esperaria de alguém de verdade, com relações e acontecimentos nem um pouco romantizados, cheio de palavrões e cenas explícitas, mas mesmo assim, os personagens são carismáticos, cada um do seu jeito. Os mistérios que permeiam a série, não só a origem da tempestade, mas vários outros apresentados ao longo dos episódios não se demoram a resolver, sempre culminando em respostas plausíveis e realísticas.

As únicas coisas que realmente me incomodam na série é o sotaque inglês que muitas vezes é difícil de entender, principalmente de uma personagem em específico que parece que tem um sapo na boca; os palavrões em excesso que se mostram desnecessários em algumas situações mas que entendo que faz parte de toda a realidade e a quantidade de episódios, enquanto a séries americanas estão esquentando no 6º episódio, os ingleses já estão no season finale.

A 2º temporada terminou no final de 2010 de forma incrivelmente #MindBlow e eu não poderia deixar de indicar essa série a vocês. É algo bem fácil de ver, já que são 13 episódios de 40 minutos cada, um final de semana chato você mata todos. Não percam a chance.