Review de Série – A Revolution será televisionada
Eu sei que faz tempo que eu não agracio o blog com uma coluna, mas é porque estava meio atarefado com a nova atração de desenho animado do Zona Nerd, que caso você não tenha visto, recomendo. De qualquer forma, resolvi falar hoje de uma série que venho acompanhando desde o ano passado, e que vejo que ela não tem muito destaque entre os nerds. Então preparem-se, porque vou tentar catequiza-los para começar uma Revolution!
A série, criada por Eric Kripke (Supernatural) e produzida por J.J. Abrams (uns pá de coisa foda) conta como, em uma noite fatídica, a energia do mundo todo acabou! Todas as luzes se apagaram e não acenderam mais, além de não ser nem mais possível gerar energia. Já faz 15 anos que o mundo está assim, os povos agora estão divididos, novos monarcas ascenderam e o perigo está lá fora. A série acompanha a vida de uma família que está ligada a esse mistério, enquanto eles tentam descobrir o que aconteceu com a energia e sobreviver a todos os perigos.
O primeiro aspecto que eu gosto nessa série é a velocidade. Lendo essa sinopse, você já deve imaginar que eles ficam toda a temporada tentando desvendar esse mistério do blecaute, certo? Errado. Não dá nem 4 episódios e eles já descobrem, aí 3 episódios depois já bolam um plano, no seguinte, colocam o plano em pratica, aí mais 2 episódios o plano foi para o saco e eles tem outro problema. Entendeu? O que, em outras séries cheias de linguiça, seria enredo pra uma temporada inteira, em Revolution se resolve em poucos episódios. Mistérios, brigas e artimanhas são cíclicas, sempre dando espaço a coisa nova, uma atrás da outra, sem perder tempo e sem deixar nada não-resolvido.
A ambientação é ótima! A cada lugar que os protagonistas passam, eles conhecem pessoas diferentes, cada uma vivendo pelas próprias regras e sobrevivendo como pode, e nos apresentam nosso mesmo mundo que moramos, mas de um jeito que nunca achávamos que iriamos ver. Sem falar na qualidade técnica, que utiliza cenários e locações ótimas, sempre com aquele toque de local abandonada com matagal crescendo. A narrativa viaja entre os eventos atuais e em flashbacks de anos até segundos antes de blecaute, essa forma pode parecer clichê, mas funciona em Revolution, porque cada cena tem sua importância na construção dos personagens de forma individual e nas relações entre todos eles.
Além de disso, a série tem uns bons culhões! A mesma tensão que você passa a cada episódios/página de Game of Thrones, você vai sentir em parte em Revolution, um pouco menos é claro, por conta da quantidade de personagens, mas te digo que durante as cenas de luta e tiroteio (muito boas, por sinal) você ficará dizendo rápido e bem baixinho “nãonãonãonãonãonããããão…”, e vai se surpreender muitas vezes com os resultados.
E por fim, a melhor parte: Os personagens! A série não tem muitos nomes famosos, mas o que mais se destaca na minha opinião é Giancarlo Esposito, nosso amigo frangueiro de Breaking Bad, que constroi em Revolution um personagem tão manipulador e astuto quanto Gustavo Fring foi. O resto do elenco não faz feio, destaque mesmo para os protagonistas Billy Burke (pai da Bella, de Crepúsculo), Elizabeth Mitchell, (Juliet, de Lost) e Tracy Spiridakos (porra nenhuma eu acho), que possuem personagens em constante evolução, sempre mudando de motivação e ganhando maturidade, seja encarando desafios ou querendo evita-los.
A série teve uma primeira temporada de 20 episódios em 2012 e começou recentemente a segunda temporada, tendo poucos episódios exibidos até agora, ou seja, dá pra começar a acompanhar fácil. É uma série gostosa de se ver, com bom equilíbrio entre drama, ação e mistério, que te deixa tenso com frequência, e é por conta disso que eu recomendo fortemente ela a todo mundo.
Só assisti 10 minutos do primeiro episódio, porque enjoei, achei mó chato!