Scorpion – Uma série realmente genial
Não que eu ache que a série estreante da CBS seja de uma elaboração fantástica, mas o “genial” realmente vem do fato dela trata de aventuras vividas por um grupo de pessoas superdotadas. A própria abertura da série é autoexplicativa, mostrando os membros da equipe, suas proficiências e uma rápida história de como se juntaram, então me poupem algumas palavras e assistam aqui.
Walter O’Brien cresceu as vistas do governo americano, nunca apertando um botão sem que soubessem, mas em dado momento, largou tudo isso, saiu pelo mundo, conheceu outros gênios e montou uma empresa de consultoria tecnológica, sendo que o melhor trabalho que tinham era configurar a internet sem fio de uma lanchonete. Depois de um caso alucinante no episódio piloto, eles começam a receber tarefas em que o exército, a CIA ou qualquer outra organização é muito desleixada ou muito burra para resolver, e aí começam suas aventuras.
O mais interessante da série é como os roteiristas conseguem implementar problemas e obstáculos de forma que todos os talentos dos membros do time sejam úteis. Apesar de alguns momentos ficar meio ridículo, isso passa uma ótima ideia de cooperação e trabalho de equipe, além das missões serem muito bem elaboradas, divertidas ou até mesmo cheias de tensão.
O humor está presente da série, algumas vezes com piadas sobre matemática, física ou engenharia, mas a maioria do casos em cima da incapacidade dos protagonistas de se relacionar com outras pessoas, mas principalmente na falta de noção nas diversas situações do cotidiano que exigem um pouco de sensibilidade.
Outro ponto bem interessante da série são as relações entre os personagens. Cada um tem uma personalidade e características distintas, e a série cria oportunidades para todos se relacionarem, então o agente do governo é linha dura com o viciado em jogo, que por sua vez é apaixonado pela engenheira, que fica enchendo o saco das frescuras do matemático, e assim vai, sempre criando ótimo laços entre eles e melhorando muito toda a química da série.
No elenco ninguém muito chamativo, até mesmo o interprete do protagonista, Elyes Gabel, fez uma recente participação no filme Interestelar e participou da primeira temporada de Game of Thrones. Mas quero só abrir um parenteses para duas figuras que não se vê sempre, mas que foram um golpe de nostalgia. Uma delas é Eddie Kaye Thomas, ator de Paul Finch de American Pie, e outro (que foi um explosão de cabeça quando percebi) era Robert Patrick, que fez o robô metálico T-1000 em O Exterminador do Futuro 2.
Tenho costume de recomendar séries que estão no começo, e essa não é diferente, tendo sido exibidos apenas 17 episódios até agora e já contando com uma segunda temporada confirmada. São histórias mirabolantes, intercalando entre cenas de perseguição, hackers em ação, e pessoas discutindo qual vai ser a próxima solução para o problema cabeludo desse minuto. Bem divertida e dinâmica, vale a pena.