Shenerd na Campus Party 2010

Muitos blogs tiveram seus representantes nesse grande evento nerd, como a turma do blog não pode comparecer, tivemos a oportunidade de contar com um correspondente very special, enquanto todos recebiam notícias vindas de cuecas de óculos e camisetas iguais a do Sheldon, nosso review desse evento é feito por uma *tchan tchan tchan* Shenerd! Com você, a palavra, Tutti Quintella.

Campus Party 2010GB – O maior evento de nerds tecnologia do Brasil!

Atenção: o texto a seguir pode causar os seguintes sintomas: Inveja.

Por onde começar? Pelo começo, claro, as filas para entrar. Sim, no plural. E ainda estavam grandes e demoradas, o que fez eu me arrepender de não ter malas com rodinhas (fikdik!). Mas posso dizer que o sufoco valeu a pena, a semana que estava por vir foi simplesmente fantástica.

O Centro Imigrantes (São Paulo – SP) foi dividido em 4 partes:

Camping
Um galpão enorme e cheio de barracas, onde todos os campuseiros tentavam dormir (ou não), mas era impossível devido à muvuca 24h/dia no resto do evento (era também o lugar onde nem todos tomavam banho, chuveiros deploráveis por sinal…).

Arena:
Era a área dos participantes. Outro galpão gigante, cheio de bancadas com tomadas e pontos de rede para os campuseiros se instalarem com seus notebooks ou desktops. Internet 10Gbps e mais de 60Tb de arquivos compartilhados na rede P2P interna resultaram em HDs explodindo ao final de tudo. Mas isso não foi nada perto de toda a diversão e aprendizado que rolou por lá. Palestras, oficinas e debates das 9:00 às 22:00 divididos nas seções: Modding, Robótica, Blog, Design, Fotografia, Música, Video, Games, Simulação, Segurança e Rede, Desenvolvimento e Software Livre. Os assuntos eram tão variados que todo tipo de geek acharia seu lugar (fiquei espantada com a diversidade de pessoas que conheci!), achei até famílias inteiras acampando lá.

A palestra sobre hacktivismo com Kevin Mitnick (ex-hacker mais famoso do mundo) foi uma das mais esperadas e elogiadas. A presença de Dilma Rousseff (que falou sobre a importância da internet nas próximas eleições) e do prefeito Gilberto Kassab também chamaram bastante atenção. Rolaram concursos e competições onde apareceram os casemod mais incríveis, os robôs mais loucos e o gamers mais viciados habilidosos!

Mas seriedade não é tudo, não é mesmo? (Para alguns, não é nada, teve gente que não viu palestra nenhuma e ficou no twitter/msn ou jogando o tempo todo, hahaha!) O que seria do evento sem a BAGUNÇA? Os flashmobs que aconteciam eram engraçadíssimos, sendo o “uôôô” o mais famoso. Alguém gritava um “uôôôôô” bem alto e logo todo mundo estava acompanhando e o arrastão de cadeiras da madrugada fez várias bancadas esvaziarem porque todos estavam correndo ao redor do galpão com as cadeiras acima da cabeça!

Ah, as madrugadas..! Teve gente se apoderando dos telões de palestra colocando vídeos do Youtube ou até mesmo o Orkut e mostrando fotos das amigas “gatinhas” (tudo isso, óbvio, com uma galera vibrando em volta). Sem contar as guerras de aviões de papel e de “frisbees” de papelão.

Marketing:
A área dos visitantes era um pavilhão com algumas lanchonetes e onde várias empresas patrocinadoras montaram seus stands com propaganda, demonstrações e atividades interativas com o público. Desde artistas grafitando camisetas na hora, cineminha 3D e massagem até banda ao vivo, video games (pichar um muro digital com o spray-controle-de-wii foi divertido!) e quizzes. Sem contar os sorteios e promoções! Sim, quem acompanhou o Twitter das empresas saiu cheio de prêmios, porque além de sorteios entre os seguidores, tinha perguntas que a 1ª resposta certa valia prêmio, e a toda hora saíam mensagens como “Os 10 primeiros a chegarem no stand ganham 1 Pendrive 4GB!” (e então só se via um monte de gente correndo que nem louco).

Refeitório:
Pra quem comprou o serviço de Catering (pacote alimentação) era lá que ia tomar café, almoçar a jantar. Posso dizer que o serviço foi bem mais-ou-menos. Achei a comida boa sim. Ainda era self-service, prato único a vontade. O único problema foi aguentar o repeteco durante 6 dias. Era sempre a mesma coisa no almoço e no jantar, todos os dias. Com certeza vou ficar uns meses sem comer batata-frita. E o café da manhã foi sacanagem, só porque muita gente não estava acordada de manhã, fizeram um “kitzinho” pronto miserável. Foi ruim, mas na minha opinião não tem problema, afinal, eu não fui lá pela comida mesmo.

Resumindo, posso dizer que apesar de terem sido as 6 noites mais mal dormidas (eu falo sério quando digo que o evento era 24h/dia para os participantes!!) foram também as mais divertidas e bem aproveitadas que já tive! Não é à toa que os campuseiros sobrevivem de RedBull! Mas o tanto que se aprende, o tanto que se diverte, o tanto de gente nova que se conhece, isso não tem preço!

Campus Party 2011, me aguarde!
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